"Hoje, mais do que em qualquer outra altura da história, a humanidade depara-se com uma encruzilhada. Um dos caminhos conduz ao sofrimento e ao desespero. O outro, à extinção total. Rezemos pela sabedoria para escolher correctamente o caminho a seguir." Woody Allen

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30.5.03
 
No editorial de ontem do jornal Público assinado pelo director, José Manuel Fernandes, com o título "Preocupações" e a respeito do caso Casa Pia (claro):

"É razoável que o juiz deste processo, que deveria cultivar a distância e o recolhimento, apareça nas televisões, em ténis, jeans e t-shirt, deixando cair uma ou outra palavra quando devia estar calado? Não deveria um juiz, símbolo da justiça e do seu equilíbrio, cultivar uma imagem de dignidade e severidade, incompatível com a pose desportiva com que surge diariamente perante os portugueses? Se nos tribunais se continuam a utilizar togas e a respeitar um conjunto de formalidades destinadas a construir uma imagem de severidade e respeito, não entenderá este juiz que deve respeitar um mínimo de formalidade na forma como se veste sob pena de criar a imagem que este caso está nas mãos de alguém sem maturidade?"

O senhor José Manuel sugere que os magistrados comecem a vestir toga 24 horas por dia? Não será uma preocupação algo fútil da sua parte? Ou "José Manuel Fernandes" é um pseudónimo jornalístico de Ana Salazar? Não deveria gastar o seu tempo a tentar perceber que um jornalista criticar as fugas ao segredo de justiça (outro assunto na berlinda) é o mesmo que um homem de má índole que dorme com uma mulher diferente todos os dias começar a dizer que "as mulheres de hoje são umas meretrizes porque dormem com qualquer um"? E, já agora, não acha que, se os seus estimados colegas da televisão não fizessem esperas ao juíz em questão à porta da pastelaria onde toma o pequeno-almoço (com direito a divulgação do tipo de sandes que prefere), a tal "pose desportiva" não teria sido tornada pública? Isto sim são preocupações merecedoras de reflexão.