"Hoje, mais do que em qualquer outra altura da história, a humanidade depara-se com uma encruzilhada. Um dos caminhos conduz ao sofrimento e ao desespero. O outro, à extinção total. Rezemos pela sabedoria para escolher correctamente o caminho a seguir." Woody Allen

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5.9.03
 
Temo pelo futuro de Manuel Luís Goucha. E não é pelo futuro a longo prazo. Esta semana, o homem pegou um novilho, caminhou sobre vidros partidos e sobre brasas. Ele não era assim, pois não? Lembro-me vagamente dos tempos em que o via apresentar a Praça da Alegria sentado numa cadeira ou pondo-se em pé de vez em quando para ir falar com o cozinheiro convidado ou para cumprimentar uma avó de sessenta e três netos, oito bisnetos e um trineto a caminho. Não percebo o que se passou. Não sei o que lhe deu para passar de apresentador carismático para um daqueles fulanos capazes de engolir três quilos de lesmas só para aparecer no livro do Guinness. Só tenho uma explicação. Manuel Luís Goucha foi mais uma vítima do "bicho da TVI," um germe peçonhento que se instala no cerebelo das pessoas e lhes deforma os neurónios responsáveis pela capacidade de sentir vergonha. E ninguém é imune. Pegue-se no apresentador mais pacato e sensaborão dessa monumental prateleira que é a RTP, ou seja, pegue-se no Eládio Clímaco (e convenhamos que no caso de Eládio Clímaco, ser mais pacato e sensaborão do que é, seria doença) e arranje-se-lhe um contrato jeitosinho para apresentar programas na TVI. Passados quinze dias, lá estará ele vestido com um maillot verde alface e com um microfone em forma de girassol na mão a perguntar às pessoas se gostam mais da "pilinha" ou do "pipi", as duas mascotes do seu programa humorístico de cariz popular: "A Hora da Galhofeira Parva e Tonta."